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Onde está a poesia?

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ONDE ESTÁ A POESIA? Procuro-a num olhar, numa esquina, ao raiar do dia até o pôr do sol. Ando a procurar pela poesia, parece ela ter fugido de mim, ou, em mais um capricho seu, brincando de esconde-esconde só para me lembrar que dentro do apesar de tudo cabe ainda um espírito infantil. Ela insiste comigo, tento ser clássica, mas ela me quer subversiva; tento fingir que nem penso nela, mas aí vem ela, de repente, e se exibe pra mim dizendo que não adianta eu fugir, pois em tudo ela está. Basta eu treinar mais um pouco meus olhos e descansá-los no acontecer dos fatos e no deslizar das palavras que constroem, destroem, reconstroem o mundo. Subversiva A poesia Quando chega Não respeita nada. Nem pai nem mãe. Quando ela chega De qualquer de seus abismos Desconhece o Estado e a Sociedade Civil Infringe o Código de Águas Relincha Como puta Nova Em frente ao Palácio da Alvorada. E só depois Reconsidera: beija Nos olhos os que ganham mal Embala no colo Os que