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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Proposta

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Ele me queria. Eu ainda não acreditava cem por cento nisso, mas a maneira como seus olhos me penetravam ao falar era desconcertante, estávamos numa roda de amigos em uma exposição de artes, conversando sobre as obras quando ele entrou na conversa, tão natural e entendido do que dizia, que ninguém se opôs a sua presença. Mas, eu ainda não entedia por que sua atenção parecia voltada para mim, e fiquei me perguntando se mais alguém percebera. Por umas duas vezes ele perguntou o que eu achava, acho que respondi alguma coisa idiota, porque ele sorria sempre que eu falava, e que sorriso! Malicioso, debochado, Meu Deus, sexy! O que está acontecendo comigo??? Quando tive oportunidade pedi licença, precisava de ar fresco. Então, antes que eu pudesse me afastar ele me chamou pelo nome:  - Clara! Gaguejei ao responder:  - Sim... (Que diabos é isso?! Como ele sabe meu nome, não fomos apresentados!)  -Posso te acompanhar?  -Claro, estou indo lá fora tomar um ar... (Respondi, sem te

Reencontro!

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Olá, pessoal! Enfim... as férias estão partindo e nosso delicioso dever nos chama! Estamos preparando com todo o carinho, diversas opções para que todos possam curtir o Clube!  Começamos o ano com uma equipe cheia de alegria, energia e cumplicidade!  A tarde hoje, foi de reencontro, para matarmos as saudades e para traçamos nossos planos mirabolantes para 2015.  Em breve estaremos disponibilizando os projetos e o calendário anual!  "O que a literatura faz é o mesmo que acender um fósforo no campo no meio da noite. Um fósforo não ilumina quase nada, mas nos permite ver quanta escuridão existe ao redor." WILLIAM FAULKNER Na realidade, todo leitor é, quando lê, o leitor de si mesmo. A obra não passa de uma espécie de instrumento óptico oferecido ao leitor a fim de lhe ser possível discernir o que, sem ela, não teria certamente visto em si mesmo. O reconhecimento, por seu foro íntimo, do que diz o livro, é a prova da verdade deste (...).    Marcel Pr

O que aconteceu com Emma

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Tá aí um livro que me deixou várias páginas (na verdade, a maioria delas) com o coração apertado. Até aonde uma criança vai para proteger a figura materna? E a forma como tratamos as crianças, falando como se elas não entendesse que estamos falando exatamente delas... “Não sou surda, viu? Sou só uma criança. Não sou diferente ou maluquinha” (pág 4) “A mamãe está falando com a voz que usa com adultos. Que é falsa, mas eles não sabem disso.” (Pág 41) E até aonde uma mãe machucada pode machucar a própria filha? Ninguém é uma pessoa má de graça; isso é fato. Pessoas vazias é porque foram esvaziadas por alguém ou algo. Eu sempre digo que tenho medo de pessoas infelizes e magoadas. Mas sinceramente...no livro não dá pra ter “peninha”.  São descrições tão fortes, que não consegui sequer chorar...o coração só apertava, porque, apesar de ficção, sabemos que é algo muito real. Tudo gira em torno de o que aconteceu com Emma, mas o livro não para por aí...não é

O processo criativo

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Vejam só como são as coisas: depois de ter escrito tantas crônicas, justamente quando preciso criar uma para estrear no blog, simplesmente não tenho a menor ideia sobre o que escrever. Afinal, já escrevi sobre tantos temas: amor, amizade, solidão, política, música etc., etc., etc. Como ser original? Como não ser repetitiva? Não, não sei sobre o que falar. Talvez fosse melhor falar sobre mim mesma. Ah, não! Não há nada sobre mim que as pessoas que me leem já não saibam. Se bem que, vamos combinar, nem é tanta gente assim. Há pouco tempo me aventurei por esse mundo das palavras e tenho de reconhecer, ainda sou uma ilustre desconhecida. Quisera eu ter o cacife de Martha Medeiros, uma das maiores cronistas deste país. Bem, mas talvez vocês gostassem de me conhecer melhor, não é?  Acho que também não é o caso. Já que não posso garantir que seja exatamente isso que esperam de mim, estou meio perdida. Está difícil. Vamos fazer o seguinte: vamos falar sobre o processo criativo. Não faz mu

Quem é esse tal de John Green?

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John Green é um norte-americano, nascido em 27 de agosto de 1977. Formado em Inglês e Estudos Religiosos. Inicialmente, seu projeto de vida era tornar-se padre, mas após passar 5 meses trabalhando como estagiário em um hospital pediátrico ele decidiu tornar-se escritor. Em 2005, nosso querido João Verde lança seu primeiro romance: "Quem é você, Alasca?". Dá pra terminar este livro com aquele pequeno nó na garganta. Alasca é uma menina autêntica, impulsiva que nos envolve rapidamente. É o tipo de menina que todas as adolescentes gostariam de ser. Porém, sua impulsividade deixa um enigma maior sobre quem ela realmente é. O livro mostra que em todas as idades estamos sempre em busca de alguma coisa. E que estamos sempre vivendo algum tipo de sofrimento que ninguém desconfia. Não sei descrever exatamente quais sentimentos ele me despertou. Mas pude observar que delicadamente o livro falava sobre morte, em todos os seus sentidos. Como um sofrimento pode nos transf

Dica de leitura: Só Gosto de Cara Errado - Laura Conrado

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Sinopse: O bem-sucedido livro Freud, me tira dessa! Agora aborda, com o mesmo bom humor, o universo adolescente. Ela sonhava em encontrar um príncipe, mas só achava sapos. E aí, Freud, dá para tirá-la dessa? Priscila é uma garota que tem tudo para estar com alguém legal, mas perde tempo com os caras errados. De nada adianta acordar cedo para fazer escova no cabelo, mostrar-se divertida, não alterar o tom da voz e armar mil estratégias com as amigas para se aproximar dos caras, eles simplesmente não dão a mínima para ela. No divã, Pri descobre que talvez não sejam os caras os errados, mas ela mesma. Começa então um processo de mudança na forma de encarar a própria vida, livre de mágoas e de esperas fantasiosas.  Eu sei que estou um pouco velha para ler livros de crianças/adolescentes, mas o que posso fazer se gosto de recordar, reviver, relembrar e “re-apaixonar”? E além do mais, quando somos leitores não temos idade definida, podemos ser quem quisermos e nos aventurar onde n

Se eu não fosse poeta

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se eu não fosse poeta te diria o que é a tua presença o que é a tua ausência o que é minha vida cheia de presenças e de ausências se eu não fosse poeta você saberia quando teu olhar me aperta tudo que silencio por não saber ser simples como uma gata no cio se eu não fosse poeta não teria essa estranha sensibilidade que me impele de ver tudo claro que me faz amar o raro de toda impossibilidade se eu não fosse poeta poderia me desfazer de tanta lucidez e ficar louca ao menos uma vez se eu não fosse poeta tudo seria apenas um desejo morto tão jovem no primeiro beijo ainda criança ainda tão pequeno ainda sem medo se eu não fosse poeta você entraria em mim para ficar solto em algum lugar da lembrança em vez disso nada digo e você fica preso dentro do meu verso Alice Ruiz – no livro “Dois em um” Então, se eu não fosse poeta, que ruim seria! Porque falo besteiras, porque me apavoro, me

Uma parada na estação do meio dia

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Entro envolvida entre temores e desejos, passo despercebida pelos detalhes, não consigo me lembrar dos detalhes, dos objetos, de nada, sento naquele sofá, que de todo o resto é o que mais me soa familiar, como se tivesse encontrado finalmente um lugar seguro em meio à avalanche de sentimentos que é a decisão de estar aqui com você e espero, porque de tantas coisas a serem ditas, reveladas, não consigo me expressar.  Uma timidez me consome e só a espera de alguma atitude sua me consola. É quando você, talvez se compadecendo do meu desespero, entre algumas poucas frases formais e sem sentido, não consigo realmente me lembrar, encosta seu rosto no meu e então esqueço mesmo o que tinha pra dizer. Minha mente vira calda de chocolate, meu corpo se desmancha. Entendo enfim  porque estou ali. Sinto suave cada desenho que sua boca faz no meu corpo, suas mãos tocam partes tão íntimas, tão minhas, que por um segundo me sinto envergonhada, e só entre elogios bobos é que volto a me concentra

SENTIMENTOS LITERÁRIOS - A TERRA INTEIRA E O CÉU INFINITO

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Ainda me restam 10 minutos para cumprir minha Quinta dos Livros! E bem que eu poderia deixar para estrear os Sentimentos Literários aqui no blog, na semana que vem, mas eu não conseguiria me aguentar de ansiedade!  Preciso dividir com vocês meus sentimentos por essa leitura! Suicídio, bullying, depressão, prostituição, guerras... todas as principais monstruosidades humanas juntas, nos sendo apresentadas de forma leve, nos fazendo questionar a verdadeira dimensão dos nossos sofrimentos individuais! Com colheradas caprichadas de ensinamentos budistas, somos testados e vemos alguns pedaços nossos caindo a nossa volta durante essa leitura! A Terra Inteira e o Céu Infinito, é um livro diferente, envolvente que desde a primeira linha já te captura para dentro da história nos deixando com os olhos marejados e coração apertado. Naoko, era uma adolescente japonesa criada nos Estados Unidos, quando viu sua vida desmoronar depois de ter que voltar para o Japão, onde era consider

Eu faço poesia

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Eu faço poesia Como uma criança desenha uma casa com chaminé E pinta rabiscando o desenho que ela criou. Eu faço poesia Como aquela pessoa que olha pros livros dos jornaleiros Mas não sabe ler. Eu faço poesia Como um adolescente sonhador E acredita que nada é impossível. Eu faço poesia Como o cavalo selvagem capturado numa armadilha Se debatendo contra a cerca. Eu faço poesia Como a árvore que o vento balança forte no alto do morro E, no entanto, ela nunca cede. Eu faço poesia Mesmo sabendo que quase ninguém se interessa E nem procura saber. Eu faço poesia Apesar do mundo está se aquecendo e se tornando Um lugar difícil para se viver. Eu faço poesia Pois quem sabe a palavra possa se tornar concreta E modificar um pouco a realidade do mundo. Eu faço poesia Não porque gosto, quero ou sinta prazer Faço poesia porque ela me escolheu para escrever. Eu faço poesia Porque o sentimento não dá trégua e exige Eu preciso

Domingo Zen - Dia 1 - Comece agora!!!!

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Dando abertura ao nosso 1º Domingo Zen, não posso então deixar de falar sobre a gratidão por tudo que nos rodeia, sobre a luz que nos guia ao caminho do bem e sobre o amor – o que nos une a todas as pessoas do nosso Universo. Sempre irei citar sobre alguns temas  relacionados a Natureza, ao Ambiente de uma forma que nos dê prazer, alegria e conscientização. Vou ser bem objetiva e caso haja dúvidas, é só falar, comentar. Tentarei atendê-los da melhor forma possível. * Turismo verde – lugares da nossa região para passear, em ambientes tranquilos, limpos e agradáveis. * Zen no conhecimento – documentários, reportagens, citações ou conhecimento em geral sobre a natureza que nos cerca ou a de nós mesmos. * Cem atitudes – atitudes sustentáveis em reduzir, reutilizar, reciclar e rever atitudes. Tudo direcionado a diminuir seu lixo, a gastar menos água, a entender mais sobre o aquecimento global e tudo voltado ao Ambiente em que vivemos.   Um olhar verde pra você, Roseane Xisto