Quem é esse tal de John Green?

John Green é um norte-americano, nascido em 27 de agosto de 1977.
Formado em Inglês e Estudos Religiosos.
Inicialmente, seu projeto de vida era tornar-se padre, mas após passar 5 meses trabalhando como estagiário em um hospital pediátrico ele decidiu tornar-se escritor.

Em 2005, nosso querido João Verde lança seu primeiro romance: "Quem é você, Alasca?".
Dá pra terminar este livro com aquele pequeno nó na garganta.
Alasca é uma menina autêntica, impulsiva que nos envolve rapidamente. É o tipo de menina que todas as adolescentes gostariam de ser. Porém, sua impulsividade deixa um enigma maior sobre quem ela realmente é.
O livro mostra que em todas as idades estamos sempre em busca de alguma coisa. E que estamos sempre vivendo algum tipo de sofrimento que ninguém desconfia.
Não sei descrever exatamente quais sentimentos ele me despertou. Mas pude observar que delicadamente o livro falava sobre morte, em todos os seus sentidos. Como um sofrimento pode nos transformar, e como aprender a conviver com ele, sem morrer. Sem virar um fantasma em sua própria vida. E como o sofrimento pode nos confundir sobre quem realmente somos, ou o que é ele gritando dentro de nós!            

“Somos capazes de sobreviver a essas coisas horríveis, pois somos tão indestrutíveis quanto pensamos ser. Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar”.


Em 2006, ele lança O Teorema de Katherine.
A história trata de Colin, uma (ex) criança prodígio (porque ele já é adolescente) que passou uma vida inteira se dedicando em ser um grande revolucionário. Um cara que faria a diferença no mundo, fazendo uma coisa grandiosa. Viciado em formar anagramas, e com uma forte tendência em namorar Katherines. Após seu último chute na bunda, Colin decide elaborar um teorema que prevê o fim dos relacionamentos. Baseado na divisão de dois grupos, Terminados e Terminantes. Colin sai em uma aventura muito divertida com o amigo Hassan. E descobre uma nova forma de encarar o mundo.
Oh... meu Deus como esse livro é nerd. Umas das suas características mais encantadoras, devo admitir!
Ele passa o tempo todo tentando colocar coisas interessantíssimas na sua cabeça!
Além de te colocar para analisar quais são suas prioridades e o que realmente pode ser julgado como importante ou grandioso. 
Vemos uma boa chance de acreditar no ser humano e que nem toda bondade é explícita. Que para ser bom, e fazer a diferença, nós não precisamos sair por aí, dizendo tudo de legal que fazemos e nem precisamos elaborar planos incríveis para mudar o mundo. Que tal começar a mudar o seu mundo? Que tal encarar a vida com bom humor e com docilidade e que uma dose de responsabilidade certamente não nos fará paranoicos. Podemos perceber como as pessoas andam se adaptando umas às outras perdendo sua real identidade até o ponto em que nem elas sabem mais onde foi que se perderam. Quem elas são?
Este é um livro que certamente será devorado por você. Uma literatura leve, otimista, divertida que te prende desde o início.
O futuro vai apagar tudo — não existe nenhum nível de fama ou genialidade que permita a alguém transcender o esquecimento. O futuro infinito torna esse tipo de importância impossível.
Mas há um outro jeito. As histórias.”

Em 2007, John começa um vlog com seu irmão, aonde ambos falam de vários assuntos nerds de uma forma divertida e descontraída.

Em 2008, eis que surge Cidades de Papel! O sucesso do livro foi tanto, que já podemos comemorar o lançamento do filme para este ano. Previsto para 31 de Junho.
  Não tem como não sentir uma saudade imensa da adolescência lendo esse livro. Todas as esquisitices e palhaçadas que vivemos nessa fase, vista de uma forma nostálgica, faz com que nossos corações deem pequenos saltinhos em cada situação narrada por Quentin.
  É um livro leve e delicado, mesmo se tratando de um mistério adolescente.
  Com essa literatura, nos damos conta da dimensão dos estragos que o mundo atual anda deixando em cada um de nós. Percebemos que projetamos nos outros tantas expectativas, que deixamos de enxergar quem cada um é de verdade. Estamos a todo tempo querendo que nossos amigos sigam nossos conselhos, ou que sejam tão incríveis como os imaginamos. E quando percebemos o quanto eles são reais, e tão parecidos conosco, não aceitamos a realidade, nos frustramos. 
  E por outro lado, estamos sempre buscando ser pessoas de papel, dobráveis, lindas, e perfeitas perante todos. Mas quando estamos sozinhos, finalmente podemos ser nós mesmos. A maioria das pessoas, insistem em ser quem querem que elas sejam. E na realidade, isso é tão cansativo! 
  O livro é cheio de frases de efeito! Tratando da busca de Quentin por Margo que resolve fugir de casa, deixando pistas para que ele a encontre... 

“...seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos.”

Também em 2008 o autor fez uma parceria com Maureen Johnson e Lauren Myracle e lançaram o livro Deixe a Neve Cair.

Em 2010, o autor se junta com David Levithan para escreverem e lançarem Will e Will.

Enfim, em 2012 John Green vira fenômeno mundial com o lançamento de A Culpa é das Estrelas. Mas não vou falar muito, porque não quero ser chata e falar de um assunto que tanto foi falado! Só posso dizer, que eu chorei e amei este livro, porque ele é doce, sem ser meloso, é envolvente sem nos esmagar, e é triste, mas uma tristeza que nos enriquece a alma e nos lembra de como é importante viver com sensibilidade!
O filme dessa obra foi lançado em 05/06/2014, “alagando” as salas de cinema!
As bilheterias do Brasil venderam 6.181.584 ingressos. Em três dias, o filme foi visto por 985 mil pessoas. Foi um sucesso!



E então, eu lhes pergunto, minha gente? O que tem esse tal de John?
Ainda não consegui ler Will e Will nem Deixe a Neve cair, mas nos outros romances consegui captar qual o motivo que transformou nosso querido João Verde em nosso tão querido João Verde!
O que tem de tão encantador nos romances de John, tem a ver em como ele consegue descrever os sentimentos adolescentes, sem transformá-los em alienígenas burros.
John, traz uma forma nova de conversar com os jovens e mesmo os que nem são tão jovens assim, se apaixonam, pois percebem muita docilidade e uma leitura que flui como se estivéssemos vivendo as histórias. Deixamos os romances como se conhecêssemos os personagens, e lamentamos o término como se estivéssemos nos despedindo de amigos muito especiais.
Outro ponto forte de John, é a maneira que ele conclui os romances, sem nada muito marcante, sem grandes finais surpreendentes! É como se ele dissesse: "Assim é a vida real, cara! Aprenda a conviver com isso!"
E é incrível, porque não são livros arrastados que possuem um final incrível, são livros envolventes, com histórias deliciosas, bem próximas do que muitas pessoas vivem, e com finais bem parecidos com o que aconteceriam em nossas vidas.

Enfim, vamos parar com essa bobeira de termos preconceitos literários. John Green não é modinha! Ele pode nunca mais escrever nenhum livro, que os que ele já escreveu, vieram para ficar! Podem invadir diversas gerações, que serão sempre uma ótima leitura! São histórias que inovaram a forma de falar sobre juventude! E resgataram muitos leitores adormecidos, ou despertaram o amor pela leitura de muitos outros. Ainda bem que existe John Green!





                "(...) Parecia que tinha sido, tipo, há uma eternidade, como se tivéssemos vivido uma breve, mas infinita, eternidade. Alguns infinitos são maiores que outros." 
A Culpa é das Estrelas - John Green




Fontes: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Green
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-218926/
https://www.youtube.com/watch?v=nkqVm5aiC28






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O beijo é uma poesia calada...

II Encontro de Fãs Harry Potter (De Cara Nova)

No suave galope dos versos...