No suave galope dos versos...
TROTE SUAVE
SOBRE O CASCO DURO,
EIS O CAVALO!
Ricardo Ohara
Se cavalo tivesse alma
Se cavalo
tivesse alma
Com certeza
eu a seria
E para muito
longe eu iria
Galopando
contra o vento.
E de tanto
contentamento,
Feliz, livre
e eterna eu seria.
Ora , pois,
que sou alma:
Vasta,
imensa, cheia de sentimento.
Num corpo
errado, cárcere;
De desejos e
sonhos carnais,
Sem cascos
para galopar,
Sem asas
para voar.
Ah! Se
cavalo tivesse alma...
Para tão
longe eu te levaria
Quantos
lugares belos!
Quantos
mundos secretos!
Mas, quem
disse que cavalo não tem alma?
Vasta,
imensa, cheia de sentimento,
Mesmo que
num corpo errado:
É a minha.
Elayne Amorim
O
galope de um cavalo é selvagem e belo
O
galope de um cavalo é uma dança
As
patas no chão, em cada galope
As
crinas ao vento, o cavalo alcança
Em
cada galope verdadeira liberdade
Único
ser que mesmo sem asas consegue voar.
O
galope de um cavalo é a minha alma no ar...
Elayne Amorim
Prece do Cavalo
Ao meu amo, ofereço a minha oração:
Dá-me comida e cuida de mim, e
quando a jornada terminar;
Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca
e uma baia ampla para descansar em conforto.
Fala comigo, tua voz muitas vezes
significa para mim o mesmo que as rédeas.
Afaga-me às vezes, para que te possa
servir com mais alegria e aprenda te amar.
Não maltratas minha boca com o freio
e não me faças correr ou subir um morro.
Nunca, eu te suplico, me agridas ou
me espanques quando não entender
o que queres de mim,
mas dá-me uma oportunidade de te compreender.
E, quando não for obediente ao teu comando,
vê se algo não está correto nos
meus arreios, ou maltratando meus pés.
E, finalmente, quando a minha utilidade
se acabar, não me deixes morrer de frio
ou à míngua nem me vendas para alguém cruel
para morrer lentamente torturado ou morrer de fome.
Mas bondosamente, meu amo, sacrifica-me
tu mesmo e teu Deus te recompensáreis para sempre.
Não me julgues irreverente se te peço isto,
em nome D'Aquele que também nasceu num estábulo!
Dá-me comida e cuida de mim, e
quando a jornada terminar;
Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca
e uma baia ampla para descansar em conforto.
Fala comigo, tua voz muitas vezes
significa para mim o mesmo que as rédeas.
Afaga-me às vezes, para que te possa
servir com mais alegria e aprenda te amar.
Não maltratas minha boca com o freio
e não me faças correr ou subir um morro.
Nunca, eu te suplico, me agridas ou
me espanques quando não entender
o que queres de mim,
mas dá-me uma oportunidade de te compreender.
E, quando não for obediente ao teu comando,
vê se algo não está correto nos
meus arreios, ou maltratando meus pés.
E, finalmente, quando a minha utilidade
se acabar, não me deixes morrer de frio
ou à míngua nem me vendas para alguém cruel
para morrer lentamente torturado ou morrer de fome.
Mas bondosamente, meu amo, sacrifica-me
tu mesmo e teu Deus te recompensáreis para sempre.
Não me julgues irreverente se te peço isto,
em nome D'Aquele que também nasceu num estábulo!
(Desconheço o autor)
A poesia é sentimento. Poesia é emoção. Ela está em nós - em todos nós - e naquilo que nos desperta a emoção. Compartilho hoje com vocês um pouco da inspiração poética que tanto me emociona e que é paixão de tantas outras pessoas: o cavalo. Um dos animais mais belos da natureza, altivo, nobre, humilde. Galopar um cavalo é como ter asas; diálogo sem palavras; poesia em movimento. Um ser humano que respeita um animal, seja ele qual for, certamente já subiu mais um degrau na escala evolutiva. Não bater, não humilhar, não judiar: mas estar em sintonia com sua natureza. Ora, que possamos ser melhores a cada dia; e percebemos essa melhora também no modo como tratamos os animais.
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