Dica: Vivian contra o apocalipse - Vivian Apple
“Estou além da bondade, além do sofrimento. Fui destruída de um jeito que ainda não entendo, e vou fazê-las sentir minha dor.”
(pág 224)
Quando li a sinopse desse livro fiquei muito curiosa. Imaginei mil coisas. Achei que se tratava de algo mais distópico. O livro agradou, certamente. Mas eu esperava algo diferente. Pra ser sincera, eu esperava mais.
Vivian é uma jovem que enfrenta o típico de muitos: escola, família...os pais resolvem entrar para uma igreja que segue os ensinamentos de um homem que prega o fim do mundo, e seguem seu livro; o Livro de Frick. Apocalipse. Esse apocalipse tem data e horário marcados. Um dia, os membros da igreja somem. Uma boa parte acredita ter sido o arrebatamento, outros desconfiam de algum tipo de falcatrua. Os mais céticos acham tudo uma palhaçada. Enganação ou não, o fato é que muitas pessoas simplesmente desapareceram e outras acreditam piamente no fim do mundo.
Vivian acha que os pais estão escondidos em algum lugar. Tem motivos para isso. E resolve ir atrás deles, com ajuda de amigos que estão na mesma situação que ela.
“Não existe mais normal – argumentou Harp – Nunca mais vai existir. Então, agora pode ser uma boa hora para você começar a agir como se fosse a heroína da própria história.” (pág 8)
Confesso que fiquei querendo ler rapidamente o livro para saber o que realmente estava acontecendo, qual era a verdade. O livro surpreende não pelo o que realmente acontece, mas por toda a trama envolta.
Ganhou pontos comigo pelo fato de mostrar claramente o quanto a fé irracional é capaz de cegar e destruir. O quanto o ser humano necessita acreditar em algo, seja ou não coerente. Mostra muito claramente a busca das pessoas por elas mesmas. E até aonde estão dispostas a isso. E o mais assustador: O que uma pessoa é capaz de fazer, seja por dinheiro, loucura, poder ou simplesmente pelo prazer de mostrar ao mundo que está certo.
Não é o livro da minha vida, mas certamente, vale a pena ler pelo aspecto crítico que impõe.
“Eu não quero mais ser dócil. Quero ser implacável.” (pág 93)
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