TEMPOS MODERNOS


Olá, leitores!

Hoje vou dividir com vocês um pouco do que senti e pensei enquanto assistia ao filme Tempos Modernos, do inesquecível Charles Chaplin e seu personagem Carlitos. Já pensaram em como o cinema evoluiu nos últimos cinquenta anos? Desde que os irmãos Lumière surgiram, por volta de 1895, na França, com uma novidade assustadora, até os efeitos tecnológicos e computadorizados de hoje, muita pipoca já rolou escada do cinema abaixo!

Mas o que faz nascer um clássico? Chaplin conhecia essa receita. Um roteiro inteligente, bom humor de sobra, tiradas dramáticas, romance, mergulhos na realidade social. Tempos Modernos mistura todos esses ingredientes. O resultado não poderia ser diferente: uma produção cinematográfica atemporal.

Foi impossível não pensar em muitas outras referências (fossem elas literárias ou áudio visuais) enquanto as cenas se desenrolavam diante dos meus olhos. A automação das nossas vidas, se a gente não para pra “respirar” um pouco. E toda essa preocupação com ter que trabalhar e ganhar dinheiro pra comprar tantas coisas que às vezes nem precisamos, mas não pensamos muito sobre isso e então trabalhamos e trabalhamos, automaticamente, repetidamente, eternamente....


Mas uma hora o corpo vai gritar bem alto “chega!!!” e aí a gente pode se dar conta de que está pirando, está deixando de lado o bom e o lúdico da vida, as coisas mais divertidas, o sorvete com aquela pessoa especial numa tarde ensolarada de domingo, os momentos mais felizes com a família, as brincadeiras com nossos animais de estimação. Não dá! Isso não pode mesmo acontecer por que se acontece, a gente acaba descontando em quem não tem nada a ver com isso, a coisa explode de um jeito ou de outro...



E o domínio da tecnologia sobre o homem, então? Quem somos nós, meros mortais, se saímos de casa e esquecemos o celular?!?! Céus, acho que fui pra rua pelada, porque a falta que aquele aparelhinho vai me fazer, as mensagens que não vou conseguir ler em tempo real, os recados, as notificações, oh não, melhor nem pensar, isso é demais pra mim!!! 



Pare já com isso, garota e garoto! Venha pro cinema, para a pracinha da sua rua, ande de skate, jogue uma bola, ouça / faça / toque música, seja feliz sem essa prisão tecnológica que a gente mesmo construiu pra gente, cante, ande, dance por aí, sozinho, com amigos, liberdade ainda que à tardinha....



Mas viver feliz não significa viver alienado do que acontece no mundo, no nosso país, na nossa cidade. Muito há que ser feito, refeito, pensado e repensado, reajustado. Toda essa engrenagem social depende da gente pra funcionar, então por que não começarmos logo, com aquele desejo de fazer bem feito, mais e melhor, todos os dias?



Em tempo: o projeto 14 no Cine, idealizado pelo professor de História Sanger Nogueira, acontece todos os meses em Valença, com sessão de cinema e debate sobre o filme assistido. Vale a pena conferir: 

Clique aqui para conhecer melhor!

Pra finalizar, uma canção homônima do clássico de Chaplin, pra que a gente pense e repense sim, sobre todas as situações que precisamos mudar, mas com ternura e otimismo. Pra que a gente não se esqueça de que o tempo passa rápido, cada vez mais rápido nesses “tempos modernos”, que cultivar um pouco mais de amor e respeito pelo outro é imprescindível para se viver bem. Vamos nos permitir!





“Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.”
Charles Chaplin


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