Desafio 642 “Sua árvore favorita”


Desafio 642 “Sua árvore favorita”

Eu simplesmente sou encantada por árvores, elas são realmente incríveis, não acham? Raízes, profundas, que se agarram e se nutrem do que é sagrado, do que é verdadeiro e natural e que se espalham pela terra, pelo centro dessa realidade; tronco firme, que sustenta e resiste ao tempo e as suas mudanças e os galhos que crescem livres, sonhadores em busca do sol, da brisa, das estrelas... E se revelam e se expressam em suas folhas, flores e frutos. São mágicas! Muito antes de oferecerem sombra, abrigo, alimento ou matéria-prima. E pra mim é complicado dizer que tenho uma preferida, posso contar sobre algumas que marcaram minha vida, principalmente minha infância. Na verdade me lembro com muito carinho de três: Uma é uma goiabeira que nasceu no quintal da minha casa, que fica entre duas ruas, uma rua em cima outra rua em baixo, então essa árvore nasceu na parte de baixo, no alto do barranco, o que fazia com que quando subíamos, tivéssemos a sensação de ela escorregaria pelo barranco abaixo, mas que também dava uma vista maravilhosa, pra cidade e pro céu. Ela não era muito grande, nem mesmo tão bonita, suas goiabas eram da branca e a menos que estivessem “de vez” eu não gostava muito de comê-las, mas seus galhos eram muito aconchegantes, tanto que em uma ocasião eu briguei com minha mãe, não lembro bem por que, eu nunca me lembro rsrs E peguei um travesseiro e uma manta e fui dormir na árvore, fiquei lá esperando alguém sentir minha falta, até que desisti, e voltei pra casa como se nada tivesse acontecido, aqueles galhos ficaram menos aconchegantes a noite! A outra é um pé de Flamboyant frondoso, imponente, que ficava na entrada do sítio da minha tia, ao lado da porteira, suas flores eram laranja avermelhadas e sentada na rede, na varanda da casa, oferecia uma vista linda de sua estrutura pintada no horizonte. Subíamos lá meus primos e eu. Eram momentos realmente encantados, de interação com toda aquela natureza. E por fim tem uma árvore que tenho certeza que fez a alegria de muitas crianças na cidade de Rio Preto, Minas. Ela e sua companheira, são duas na verdade, ficam no parquinho ao lado da Matriz. Com tronco baixo e fácil de subir, dava pra chegar bem no alto dos seus galhos esparramados, escalando e fazendo daquele tempo/espaço o que uma criança sabe fazer de melhor: imaginar! E aquela árvore pra mim, já foi casa, já foi espaçonave, já foi loja, já foi escolinha e esconderijo. E é das três a que eu ainda posso ver quando passo pelo parque, apesar de terem cortado um dos seus galhos principais, e a que eu pude levar minha filha pra brincar, já que das outras duas, a goiabeira foi cortada e o sítio já não é mais casa dos meus tios, então não sei bem como está aquele velho Flamboyant. Um dia quem sabe ainda nos reencontramos. Desejo profundamente que todos nós possamos ter mais experiências com as árvores, que possamos preservá-las e multiplicá-las, cultivando florestas inteiras dentro e fora de nós.













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