Sentimentos Cinematográficos - O Poderoso Chefão

Olá, pessoal! Demorei, mas cheguei!!! Hoje vim trazer para vocês meus Sentimentos Literários ops... Cinematográficos de O Poderoso Chefão.
Sim, a obra original é um livro de Mario Puzo. Mas eu não li, e sim assisti às 9 horas dos filmes para dividir com vocês os meus sentimentos quanto à esse sucesso incontestável!
Já posso adiantar que o filme merece mil corações! Querem saber o porquê? Vou explicar!



Dividido em 3 partes, esse clássico é sim tudo o que dizem! Um dos melhores filmes da história, O Poderoso Chefão nos emociona a todo tempo, não apenas pelo enredo e pelas nuances que mesclam delicadeza e violência, mas pela trilha sonora envolvente, uma fotografia impecável, cenas inesquecíveis e interpretações memoráveis.
No dia 15 de março de 1972, o filme é lançado e logo vira um verdadeiro sucesso! O que pouca gente sabia, era de todo o trabalho que estava por trás da obra.
Francis Coppola tinha seus 33 anos e não era nada famoso. Com um orçamento inicial de 2,5 milhões de dólares, o diretor começou a devorar o livro de Mario Puzo, para adaptá-lo para o cinema. Originalmente, na obra literária de Puzo, a obra se passa em 1940 e 1950, porém os produtores do filme, queriam deixá-lo mais barato e sugeriam que a adaptação ganhasse uma outra passagem de tempo, que seria 1970, mas Coppola percebeu o tamanho do sucesso que o livro estava tendo e conseguiu convencer a Paramount de fazer o filme nas décadas originais.
Algumas outras batalhas foram travadas pelo diretor, começando pela sua escolha por Marlon Brando para interpretar Don Corleone. O ator não estava em sua melhor fase e era considerado problemático. Vencida essa etapa, surge um rosto que Coppola decide brigar com unhas e dentes para que seja o filho de Vito Corleone, Michael deveria ser interpretado pelo ator desconhecido, que  até então trabalhava apenas no teatro, Al Pacino. Diversos testes foram feitos com outros atores para o papel de Michael, entre eles, com os atores Robert de Niro e James Caan e acabaram interpretando respectivamente, Don Corleone na juventude no filme III e Sonny Corleone (irmão de Michael) no filme I.
Finalmente Francis Coppola consegue a aprovação dos produtores para que Al Pacino seja Michael, porém, ainda precisava reajustar sua equipe e depois que o fez, conseguiu rodar cenas tão boas que o orçamento já havia chegado a 6,5 milhões de dólares.



"Tenho uma fraqueza sentimental pelos meus filhos como pode ver, eu os estraguei, eles falam quando deveriam ouvir." 

O Poderoso Chefão (Parte I)
Conseguimos nos envolver na história de tal maneira que 3 horas de filme não se mostram nem um pouco cansativas. Iniciamos a jornada conhecendo a família Corleone e Vito, o patriarca mafioso, absolutamente dedicado a sua família. O conflito começa quando Don Vito Corleone se recusa a apoiar o tráfico de drogas, recusando fazer uma aliança e dispor de seus aliados políticos para que facilitasse o esquema, a família começa a sofrer perseguição.
Alguns recursos foram usados para que as cenas de violência fossem amenizadas e essa jogada só enriqueceu o filme e o deixou mais fascinante. Com tiros sendo disparados e o sangue vazando pelos orifícios feito pelas balas, as frutas rolando ilustram o que mais me atraiu em todo o filme. Essa mescla entre o delicado e o violento. Entre a ética e o crime, entre a lealdade e os assassinatos. 
Cenas como o assassinato no restaurante, a cabeça (real) de cavalo, a explosão do carro da esposa de Michael... vão ficar para sempre gravadas na minha memória tamanha sua grandiosidade!
É impressionante ver o amadurecimento forçado e obrigatório de Michael Corleone, um jovem sonhador que precisa transformar-se em um mafioso, que precisa fazer tudo e qualquer coisa, mesmo que seja necessário abrir mão de suas éticas pessoais, para proteger sua família.




“- Michael, não seja ingênuo. Senadores não matam pessoas.- Kay, quem está sendo ingênuo aqui?”

O Poderoso Chefão (Parte II)
O Poderoso Chefão II, foi lançado em 1974 com um orçamento de 11 milhões (devido ao grande estouro que foi a primeira parte).
Encontramos um Michael amargurado, tocando os interesses da família, onde o foco deixa de ser contrabando e passa a ser jogos. Perseguido pelo governo e por outras famílias, o novo Don Corleone precisa enfrentar muitos conflitos o que o afasta de sua família e o endurece, transformando em um homem impiedoso! 
Nesta segunda parte, conhecemos a história de Vito Corleone em 1901, quando ainda era um garoto e precisou partir da Itália para os Estados Unidos. Conhecemos a história do início da família, o nascimento dos filhos e o surgimento do império.
Robert de Niro interpreta Don Corleone ainda jovem, e o faz grandiosamente! 
O filme rendeu 4 Oscars (Melhor filme, direção, roteiro-adaptado e ator coadjuvante para De Niro). 
Dos três, esse talvez tenha sido o que menos gostei, por evidenciar mais os negócios e tirar o foco da lealdade e da união familiar que o primeiro nos apresenta


“Farei uma oferta irrecusável a ele.”

O Poderoso Chefão (Parte III)
Apesar de não ser considerado tão bom quanto os outros, a terceira parte talvez tenha sido a minha preferida, não apenas pelo final estarrecedor, mas pelas interpretações memoráveis que os atores executam.
Al Pacino nos deixa hipnotizados e extasiados com seu trabalho magnífico. Michael está mais velho e arrependido pelas laços que foram desfeitos entre a família. O patriarca está mais amoroso e romântico, buscando se reconectar com seus filhos e sua esposa, Kay.
Vincent (Andy Garcia), é o filho de Sonny (irmão de Michael) e torna-se o braço direito do tio. Porém, mantendo um romance com a prima, filha do Don Corleone, Vincent e Mary (Sofia Coppola) sustentam um amor proibido e perigoso. 
Com cenas delicadas (tipo a de Mary e Vincent fazendo nhoque), sem esquecer da violência disfarçada, típica dos outros filmes, trata-se de um filme forte e emocionante e devo admitir que o final me fez chorar! Não apenas pelo enredo sedutor e forte, mas porque a genialidade do filme ultrapassa todas as expectativas devido ao realismo que os atores conseguem sustentar nas 3 partes. 
As interpretações merecem ser realçadas, porque demonstram um divisor de águas na história dos atores e também na história do cinema. Al Pacino consegue realizar um trabalho tão magistral, que em alguns momentos nos sentimos dentro da trama. Marlon Brando eternizou Vito Corleone com um trabalho épico! Os outros atores não deixaram por menos, sustentando um clima tão real que terminamos esse mergulho de 9 horas no mundo dos mafiosos, satisfeitos e apaixonados por cada detalhe que conseguimos captar e gravar em nossas mentes para sempre! 
Um filme inesquecível e incomparável. Um clássico obrigatório para todos que admiram uma boa arte!











Fontes:
http://classicosnaoantigos.blogspot.com.br/2012/03/o-poderoso-chefao-40-anos-frases.html
http://www.osvigaristas.com.br/frases/obras/o-poderoso-chefao/
https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Godfather
http://omelete.uol.com.br/filmes/noticia/o-poderoso-chefao/





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