Natal é convite
Ainda
estamos num período natalino, não é? Não foi apenas aquela ceia maravilhosa,
brindes e sorrisos ao ar, uma celebração bonita... Talvez, para tantos, que
alívio! ainda bem que já passou a data fatídica que traz à lembrança tantos
entes amados que já se foram.
Mas ainda é
um período natalino. As luzinhas coloridas acesas, presépio montado ou somente
uma árvore, os finais das comidas gostosas e temperos exóticos que ficam
circulando uns dias sobre a mesa. Quem sabe alguns tiveram um frango para o
natal, uma garrafa de vinho, ou nem isso.
Porém, é
natal. A gente ouve e fala tanta coisa e depois acontece de os dias passarem e
aquelas palavras e desejos parecerem se perder pelo ar. Será que tomamos
cuidado para guardar em nossos corações as palavras bonitas e os desejos bons
que vão se renovando nesta época?
Logo depois
se segue um novo ano e vem tudo à tona: a explosão de desejos que ele seja
melhor, que possamos concluir projetos abandonados pelo caminho; desejamos;
brindamos; algumas vezes, praticamos até certos rituais que a olhos de outros
são chamados de superstições ou baboseiras... mas na dúvida, por que não?
Porém, e o
natal?
No natal
comemora-se o nascimento de Cristo. Há os que não comemoram. Há os que gostam e
os que não gostam da época. Contudo, o mais interessante é que é uma época que
nos convida a parar um pouco; parar. Refletir. Talvez, mais do que falar ou
prometer a nós mesmos, silenciarmos um pouco e prestar atenção em nossos
sentimentos. É tão difícil, às vezes, ficarmos um pouco sozinhos com nós mesmos
e testarmos nossos limites, frustrações, sonhos, esperanças. É uma época que
nos convida a crer, a se renovar, a seguir com alegria e procurar fazer o bem,
apesar de tudo; apesar de toda crise, de toda maldade para a qual os seres humanos
demonstram ser capazes, apesar de.
Lugar comum?
Sim, talvez. E por quê? Exatamente porque está se tornando lugar comum aceitar
o mal, a maldade, a descrença, a resignação diante das injustiças.
O que o
natal nos traz é exatamente o contrário. É um convite a sairmos do conforto,
das mesmas frases reproduzidas sempre, a olhar para dentro e tentar ver no
outro a própria humanidade também. Nós somos todos diferentes e, no entanto,
somos iguais na fragilidade de nossa vida humana. Olhar para dentro e tentar
enxergar a si mesmo: o que realmente é importante para você? O que realmente
você precisa (se) perdoar? Qual é o sonho que faz você suar frio só de pensar? Quem
de fato compõe o seu lar?
A época
natalina é um convite. Conheça mais a si, mais ao outro. Independentemente de
religião, conheça mais a Cristo: um Homem que mudou o curso da história,
inteligente, à frente de seu tempo, que veio falar de AMOR e ATITUDE.
Queridos leitores
e amigos, fiquei um tempinho sem postar nada, afastada até da poesia, pois às
vezes as circunstâncias tentam endurecer nosso coração. Retorno hoje com essas
palavras sobre o natal, uma época mágica do ano que nos convida a tanta coisa
boa, que vem nos falar de luz e esperança. Nós precisamos da nossa luz e da
nossa esperança; aqueles que estão a nossa volta precisam; o mundo precisa. Mas
não é só questão de “precisar”: vai além. Nós somos luz e podemos irradiá-la. Isso
nos fará bem e se nos faz bem, fará bem a tudo e todos que estejam a nossa
volta.
Neste fim de
ano, mais do que as limpezas materiais necessárias, desejo uma limpeza de alma,
desejo muita poesia, desejo muita luz em suas vidas, sonhos e esperanças
renovadas porque o natal não é por acaso, porque Cristo não nasceu por acaso.
Natal é
convite.
Elayne Amorim
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