Bubblegum Bitch (inspirada na música da Marina and diamonds com o mesmo título)
Lá estava Marina com seus lábios de licor e mascando seu inseparável chiclete, sentada em um balanço no fundo da escola e escrevendo no seu diário. Adorada por muitos e odiada por outros, ela não se importava se a achávamos meio burra, acho que no fundo ela só queria ser adorada por todos.
Seus cabelos longos e loiros alcançavam até a sua cintura de boneca e se destacavam como um raio de sol no meio da escuridão, porém não se enganem pela sua aparência, ela vai te mastigar e te cuspir, mas não é sobre isso que o amor jovem se trata?
Caminho até ela pela sombras, queria lhe fazer uma surpresa, trouxe ursinhos de gelatina, ela realmente adora eles, chego por trás do balanço, ela está distraída escrevendo, quando estou perto o suficiente lhe roubo um beijo, ela se assusta e derruba o diário no chão.
— Seu idiota, olha o que fez, agora ele está sujo de terra. — Ela diz irritada apontando para o seu diário que caiu do chão.
Abaixo e cato seu diário, lhe entrego e com um falso bico e muito drama lhe respondo:
— Eu vim lhe fazer uma surpresa, mas já que não quer, eu vou embora.
Começo a sair, porém, ela rapidamente me puxa para ela e me beija, deixo tudo cair no chão e a aperto em mim, como se precisasse dela para viver e lhe beijo fortemente, ela ainda tem o seu chiclete na boca e consigo sentir enquanto a beijo. Ela para o nosso beijo, joga o chiclete fora e volta a me beijar, depois de um tempo interrompo e falo:
— Ei, eu trouxe os ursinho de gelatina, seus preferidos.
Ela rapidamente me larga e começa a procurar no chão o saco com os doces, quando acha, põe um na boca e faz uma cara como se aquele doce fosse a razão da sua existência.
— Trocado por um doce, quem diria. — Eu falo um tanto ciumento. Poxa ela me largou tão rápido para ficar com aquele doce!
— O doce não reclama, não faz perguntas e não me incomoda.
— Isso quer dizer que eu reclamo demais, faço perguntas demais e te incomodo demais? Pode deixar não irei mais te incomodar. — Falo bravo andando de volta para a escola. Quando dou alguns passos, suas pequenas mãos me puxam para trás.
— Espera, olha desculpa, eu não estou em um bom dia, não tive tempo de fazer dever de casa, ganhei uma bronca do professor, minha mãe está puta comigo porque eu sem querer atropelei o cachorro da vizinha com a minha bicicleta e sem falar que eu tenho certeza que tirei vermelha na prova de física. — Fiquei com um pouco de pena dela e a puxei para um abraço.
Ela passou os seus pequenos braços pela minha cintura e contra o meu peito me perguntou:
— Você seria capaz de morrer por mim? — Não sabia o que responder, então falei o que ela queria ouvir.
— Sou o seu maior fã, morreria sem pensar duas vezes.
Ela me dá um suave beijo, então cato as coisas que estavam caídas no chão, dou a mão para ela, e vamos em direção à escola.
Ela era capaz de estourar meu coração como chiclete.
Aléxia Vargas
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