E ela vai descobrindo...





Um dia ela descobriu que não precisava se prender a ninguém para ser feliz.
... ela descobriu que relacionamento, amor e sexo eram coisas bem diferentes, que poderiam estar ligadas ou muito separadas.
... ela descobriu que poderia se casar; que poderia namorar; poderia ter um caso, ou apenas pequenas grandes ficadas.
... ela descobriu que relacionamento e amor podem não estar relacionados.
... ela descobriu que nem tudo que lhe ensinaram era a sua verdade.
... ela descobriu que algumas pessoas, por melhores que fossem, poderiam prender, sufocar, vitimizar-se, culpabilizar o outro até roubar-lhe completamente de si mesmo.
... ela descobriu que, estranhamente, algumas pessoas queriam ficar presas a outras a qualquer custo e até mesmo usavam outros seres humanos para fazer isso.
... ela descobriu que todos os seus atos traziam consequências. Que todas as consequências eram frutos de suas escolhas. E que, apesar de todas as escolhas, a vida cumpre um destino.
... ela descobriu que para “viver um amor” é necessário desaprender muita coisa, renunciar a muita coisa. E que isso não é ruim, ao contrário, talvez a mais belas das escolhas.
... ela descobriu que casamento é um rótulo, um papel, uma instituição. O verdadeiro casamento não é um conto de fadas e que pessoas “bem casadas” passam por dificuldades, mas mantém muito diálogo, franqueza, respeito... e que poucos descobriram o verdadeiro sentido de um casamento.
... ela descobriu que amar em silêncio é amar também.
... ela descobriu que companhia é diferente de companheirismo.
... ela descobriu que não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, nem proteger seus seres amados dos sofrimentos.
... ela descobriu que parecia descobrir o que todos já sabiam. Só parecia.
... ela descobriu o valor de cada manhã.
... ela descobriu que podia começar, recomeçar, desistir, insistir, mudar: só não valia a pena deixar de aprender.
 Elayne Amorim

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